Mais um mês e mais um atleta congratulado! Desta vez, a atleta Rosa Freitas foi a vencedora deste título de atleta do mês! Muitos parabéns Rosa!
Foi uma das grandes figuras deste nosso clube, que o ajudou a nascer e a crescer! É uma das nossas veteranas, já com alguns títulos conquistados a nível nacional!
A Rosa é uma mulher determinada, que sabe aquilo que quer, e apesar da sua agenda estar quase sempre cheia de compromissos, arranja sempre que possível tempo para ajudar a equipa a conseguir mais uns pontos! Uma prova de que tudo é possível e que há tempo para tudo, desde que haja vontade e organização! Acima de tudo, luta para que haja bem-estar física e psicológico, uma mais-valia nos dias de hoje, e é no desporto que há esse momento zen.
Vem conhecê-la! Segue a sua entrevista 😊 !
1. Quem é a Rosa Freitas?
É uma mulher madura, uma mulher determinada. Sabe aquilo que quer e o que pretende, com esta idade não havia outra forma. Tenho 56 anos, nasci em Lisboa. Tenho uma filha, já crescidinha e senhora de si. A minha profissão é Diretora Financeira na área dos Financiamentos dos Partidos Políticos e atos eleitorais.
2. Há quantos anos treinas e como é que o atletismo apareceu na tua vida?
O meu treino começou ainda muito jovem. Quando comecei a treinar dança jazz, tinha 15 anos. O contacto com o desporto começou na escola, na Escola Preparatória, nós treinávamos muito na escola, muito mais que agora, a escola era uma base para o tudo, na altura não tínhamos ginásios e depois das aulas ficávamos a jogar. Eu gostava muito do Futebol e Andebol. A dança foi sempre uma paixão, comecei a fazer dança jazz desde que apareceu e logo fui para uma associação em dança jazz. O Atletismo chegou para mim em 2017, depois de um acontecimento triste da minha vida, eu decidi que tinha de fazer também outra coisa para melhorar a minha auto estima, e pensei juntar-me à família que estava junto ao Atletismo. Este tipo de desporto fez me emagrecer e voltar a gostar de me olhar ao espelho, além de tudo faz bem a saúde.
Em 2017, na altura em que me juntei ao meu irmão no Atletismo estávamos no Belém Runners. Saímos do Belém e depois criamos a Run Tejo.
3. O que simboliza para ti pertencer à equipa Run Tejo – CM Socks?
Fui para um clube que era o Belém, acharam por bem sair e por algumas divergências, eu estava com quem estava na altura. Saí e fui ajudar a criar um novo Clube. Pertencer a este Clube é um orgulho e pertencer a esta família e um privilégio.
4. Qual foi o teu maior feito desde que estás no clube?
Começando eu em 2017 e não me posso esquecer que em 2018, fiz a minha primeira maratona em Frankfurt e única até agora. Em que estava proposta para 4 horas e fiz 3h47min. Com a ideia de que podia ter feito em menos tempo, mas para mim foi um grande feito. Não ter tido nenhuma dor, nenhum contratempo, tive uma boa preparação e senti-me ótima, fui feliz.
Em 2020, convidaram-me para fazer a marcha atlética em pista ar livre, nunca tinha feito. Fiquei em 1º Lugar nos 3 mil metros, na minha categoria F50+, sem dúvida outro feito.
5. O que representa para ti esta distinção de atleta do mês?
Claro que toda a gente gosta de ser reconhecida. Faço isto muito naturalmente, não estou à espera de grandes coisas. Estou sempre pronta para ajudar a equipa e dar os melhores pontos. Esta distinção sabe bem, é sinal que nos dão valor aquilo que fazemos. “Obrigada”, tenho de agradecer, espero que todos tenham esta distinção, pois somos todos importantes a um clube.
6. Quais são os teus atletas de referência?
Atletas de referência eu não tenho. Eu fui para o atletismo porque gosto desta modalidade e faz-me sentir bem! Eu digo muitas vezes, principalmente quando estou em competição, “olha esta atleta aqui ao meu lado é uma atleta de referência”, muitas das vezes nem sei o nome, mas sinto-me satisfeita por estar ali ao lado delas. E se depois consigo uma medalha, ao lado delas, para mim é como ficar em primeiro lugar. A minha grande referência é olhar para esses grandes nomes e sentir-me feliz por estar ali ao lado delas.
7. Qual o conselho que dás a todos os atletas que andam por aí a correr, sem qualquer orientação e grupo de treino?
Olha o que eu digo sempre é que arranjem um treinador, uma pessoa que os oriente. Que lhes passe um plano de treinos. Porque mais importante que pertencer a um grupo, é ter um plano de treinos. É muito importante nós conhecermos o nosso corpo, cada um de nós é o grande treinador de nós próprios. Nós temos que nos conhecer e saber os nossos limites. Mas para isto, temos de ter uma base de trabalho e isso consegue-se através de pessoas que percebam da área.
Eu diria sempre, para se aconselharem com pessoas especializadas, treinadores, pessoas que percebam disto. Que tenham cuidado com roupa que usam, em especial as sapatilhas. Porque as lesões por vezes vêm do calçado.
Em resumo “Não façam disparates, vão devagar aconselhem-se”.
8. Como concilias os treinos e corridas com a tua vida profissional e pessoal?
Nem sempre é fácil devido à profissão que tenho. Mas como eu também tenho que dar treinos no âmbito do Plano Nacional de Marcha e Corrida, na Marina de Oeiras, às terças, quintas e domingos bloqueio o horário das 19h às 20h e faço o meu treino com os meus alunos, faço sempre um dia de descanso todas as semanas. Às segundas e quartas são dias que faço treinos perto de casa para me despachar rapidamente. Todas as sextas faço uma aula de Kizomba avançado. Às segundas faço danças de salão avançadas com o Pedro Borralho. Ele dá aulas e eu integro-me para me especializar em alguns passos, porque nos sábados de manhã dou aulas na universidade Sénior de Oeiras, para pessoas com deficiências. Não acho que essas pessoas tenham de ter menos formação que aquelas que têm mais capacidades e tenho formação para lhes dar coisas novas.
9. Qual a tua distância preferida e porquê?
Tenho várias distâncias preferidas e em certos sítios. Por exemplo na Pista, eu gosto de 800m e das estafetas 4x400m. Acho que ate sou melhor nos 1500m, porque eu gosto de mais distância, mas gosto muito dos 800m, pois dá-me uma certa pica. Em estrada, tudo acima dos 10 km. Gosto muito da meia-maratona. E sempre gostei de fazer corta-mato.
10. Qual a tua prova preferida e porquê?
É a Maratona. Até hoje, porque me fez trabalhar. Porque sou muito focada e tive de trabalhar 3 meses para atingir aqueles fins. O que me dá mais prazer é a meia-maratona. É a ideal. Adorei fazer a Meia Maratona do Porto, correu muito bem.
11. Tens alguns cuidados com a alimentação?
Como mulher sempre tive cuidado. Não como certas coisas. Tento não misturar algumas coisas. Passo por comer de tudo, não exagero e corto mais as gorduras e os fritos. O corpo tem de se habituar um bocadinho a tudo, com regras e depende sempre da idade. “Não vamos sofrer por não comer”.
12. Qual a tua maior motivação para continuares a correr?
Motivação de fazer sempre o melhor para mim. Ficar bem, para a minha vida. Estar bem no meu corpo, sentir me feliz, a saúde em primeiro lugar, olhar-me ao espelho e sentir-me bem com aquilo que vejo, sei que ajuda na minha autoestima. Saber que muitas das vezes na minha idade, que sou um exemplo para muitas mulheres e muitos homens, dá-me motivação para andar para a frente e de fazer sempre o meu treino o melhor que puder.
13. Queres deixar algum agradecimento público?
A toda à equipa e a todas as pessoas que tiveram comigo a partir de 2017. Agradeço sempre tudo o que nos acontece de bom e de mau, que nos dá ensinamentos para irmos para a frente. Agradeço ao meu irmão, ao meu técnico, por me ter acolhido muito bem. Um obrigada e um bem-haja a todos desta equipa e à minha família.
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