Como personalidade do mês de Setembro, o prémio foi para o nosso Sub-23 Martim Monteiro!
Um jovem militar disciplinado e que mostra que tudo é possível, quando existe disciplina e organização no nosso tempo! Assim como garra em todos os desafios aos quais nos propomos!
Vem saber mais sobre ele:
Fotografia: Run Tejo
1. Quem é o Martim Monteiro?
É um rapaz de 22 anos, feitos a 3 de setembro. Muito ambicioso, humilde e tem muita empatia pelas pessoas com quem ele deixa que entrem no seu seio familiar, e principalmente amigos.
Sou muito determinado naquilo que faço. E sem dúvida que os meus objetivos estão sempre constantemente presentes no meu dia a dia. E é nessa linha de pensamento, que eu tento não fugir à pessoa que sou e aos valores que me foram transmitidos desde miúdo.
2. Há quantos anos treinas, e como é que o atletismo apareceu na tua vida?
Comecei com 5 anos na natação, até aos 7. E depois desde os 7 até aos 14/15 anos, estive no futebol. E nessa transição fui para o atletismo. Ou seja, há sensivelmente 7 anos pratico atletismo. E apareceu quando, num ano em que eu decidi transitar para o atletismo, que foi num corta-mato distrital da base área nº 1, no desporto escolar se não estou em erro, em 2015. Em que, um miúdo do futebol, que treinava apenas 3 vezes por semana, sem contar com os jogos ao fim de semana, conseguiu fazer 2º lugar num corta-mato em que mais tarde eu vim a saber que já eram atletas conceituados do conselho de Sintra. E fui lá que encontrei o Professor Barrigana, o meu primeiro treinador, e veio falar comigo. Ele perguntou-me o que eu fazia. E perguntou-me o que eu sabia de atletismo, e eu disse que só gostava de correr e vim ao corta-mato, porque normalmente sou eu que ganho quase todos os anos da minha escola e apeteceu-me vir a base aérea. Após terminar a época do Futebol, fui experimentar ir a um treino de atletismo, na escola Mestre Domingues Saraiva, em Mem Martins, e adorei aquilo. E a partir daí depois decidi optar pelo atletismo.
3. O que simboliza para ti pertencer à equipa Run Tejo – Prevent Sprain?
Inicialmente, depois de ter saído do Sporting, eu queria arranjar um clube que me deixasse fazer um pouco o que eu gosto e que não me colocasse grandes pressões. Pois, como ia abraçar um projeto de vir para a vida militar, e precisava de estar mais focado. Hoje em dia, já consigo conciliar as duas e focar-me um pouco mais, atualmente, no atletismo. Mas, inicialmente, queria ir para um clube que não me causasse pressões e que me motivassem. Hoje em dia, é uma família. Sinto o carinho, principalmente da Cláudia e do Carlos. Sinto-me bem acolhido e abraçado.
4. Qual foi o teu maior feito desde que estás no clube?
A corrida da Marginal à Noite de 2022.
5. O que representa para ti esta distinção de personalidade do mês?
Representa aquilo que eu faço no meu dia-a-dia, que é sempre com o objetivo de ser o melhor.
6. Quais são os teus atletas de referência?
O Matthew Centrowitz, campeão olímpico de 1500 metros, em 2016 no Rio, o Jakob Ingebrigtsen e o Mo Farah.
7. Qual o conselho que dás a todos os atletas que andam por aí a correr, sem qualquer orientação e grupo de treino?
Já estando no atletismo há algum tempo, eu próprio me encarregaria de levar o atleta para um treinador. Dependendo sempre dos objetivos que essa pessoa pudesse fazer. E perguntava se não perdeu o gosto pela corrida, pois além de promover a modalidade do atletismo, é indispensável para a saúde. Se fosse com o objetivo de vir a competir, já daria outro tipo de conselhos.
8. Como concilias os treinos e corridas com a tua vida profissional e pessoal?
Não é fácil. Tenho de fazer uma gincana gigante. Há dias em que eu tenho atividades da própria especialidade. Andamos com mochila de campanha, com capacete e com a G3. Mas normalmente, a minha rotina, quando tenho treinar 2 vezes por dia, tenho de acordar as 05h45, normalmente o meu treino vai de 6 a 8 quilómetros. Depois à tarde, os horários são um pouco complicados, e acabo por comer as 18h e tenho de esperar pela digestão e depois por volta das 19 horas faço o meu segundo treino do dia.
Eu sou ambicioso a treinar e preciso de ter alguém que me saiba dizer que ritmos devo cumprir. Sou muito metódico. E estando focado, por vezes na parte da mobilidade, acabo por esquecer um pouco o cansaço. Não gosto de me poupar nos treinos, é um momento para exigir de mim.
9. Qual a tua distância preferida, e porquê?
Os 1500 metros. porque além de ser uma prova em que se tem de se ter uma boa velocidade de base, tem de ter em conta uma questão, de correr muito bem taticamente. E, como sei que sou rápido, principalmente na parte final, gosto desta prova. Nos últimos 250/300 metros, é uma prova que eu faço muito emocionante. É um ritmo vivo do início até ao fim.
10. Qual a tua prova preferida, e porquê?
Os 800 metros, sei que tenho muito potencial para ser espremido e é uma prova a que eu gosto de assistir. Mas competi poucas vezes esta distância.
Em termos de 10 quilómetros, não fiz muitas provas, mas gosto do percurso da prova do Grande Prémio de Natal.
11. Tens alguns cuidados com a alimentação?
Bastantes. Controlo o peso corporal umas 2 a 3 vezes por dia. Uma de manhã ao almoço, ao último treino e antes de deitar. Gosto de ter atenção aquilo que eu posso comer, em termos de quantidade. Eu como bastante. E gosto de ter mão em mim. Quando estou mais disponível de comer, gosto logo de abusar, principalmente quantidade. Então, basicamente regulo-me pelos valores nutricionais nas embalagens. Se tem muito açúcar. Não gosto de beber refrigerantes. Só em épocas de festa. Álcool só quando estou em “out of season”. Saber o que posso comer em termos de quantidade. Como muita fruta, muitos verdes, muita salada, beterraba. Não gosto de comida oleosa, nem muito azeite. Só o essencial. Carboidratos é o meu combustível. Gosto de comer bastante aveia. Às vezes faço papas de aveia com leite achocolatado e banana, como ceia.
12. Qual a tua maior motivação para continuares a correr?
É difícil, porque a motivação oscila. Mas a disciplina é que me mantém, sempre cá em cima. Mas a minha motivação é o primeiro lugar. Às vezes nem sempre é possível, mas eu quando entro em alguma coisa na qual estou a competir, eu penso sempre “nos três primeiros, eu já sou recompensado, mas dos 3 se eu puder ser primeiro, porque vou deixar o outro ser?”. O meu objetivo para já é: afirmar, através da vertente militar, perceberem que eu tenho potencial para o atletismo, e mostrar aqui resultados à Força Aérea. E se puder trazer algum benefício, e poder ingressar nos quadros. No campeonato nacional militar, saberem quem sou. Isso para mim é suficiente. O resto, virá do meu suor.
13. Queres deixar algum agradecimento público?
Eu sou agradecido, todos os dias, pelas pessoas que contactam comigo e querem o meu bem. E são aquelas que eu pretendo ter por perto sempre. Agradeço aos meus pais, à minha família, que são tudo para mim. E se tivesse de eleger uma motivação, sem dúvida de que era a minha família. E em termos de suporte psicológico também. Eu sou muito forte psicologicamente, até me arriscaria a dizer que da minha família, sou das pessoas mais fortes, devido a alguns momentos que já atravessamos. E o seio familiar que eu tenho, é superpositivo. Pessoas de boa energia e transmitem me calma. E transmitem-me a ideia de que no trabalho não posso facilitar.
Fotografia: Marcelino Almeida (Página de Facebook)
AGRADECIMENTO AOS PATROCINADORES:
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