9 de dez. de 20246 min de leitura

PERSONALIDADE DO MÊS - Outubro 2024: ANA PATRÍCIA DIAS

E no mês de Outubro, destacamos uma das nossas meninas séniores: a ANA PATRÍCIA DIAS! Muitos parabéns!

Tem sido uma luta, desde que entrou, o conseguir correr uns metros, 1 quilómetro, e agora, já consegue ir até aos 10 km! E com pouco tempo de corrida! Só mostra a sua garra e força de vontade em continuar a lutar pelos seus objetivos e a somar pequenas grandes vitórias, ao longo da sua evolução! É sempre um orgulho para todos nós, ver todos os nossos atletas a evoluírem!

Fotografia: Run Tejo

Vem saber mais sobre ela:

1) Quem é a Ana Patrícia Dias?

Uma rapariga de 31 anos, alentejana, só estou cá de empréstimo. Sou enfermeira, mas esforço-me por tentar ser “outras coisas”, porque sou muito focada na minha profissão e, por vezes, ser “outras coisas”, para mim é muito difícil. Então, tenho feito esse esforço. E gosto de acreditar que sou uma boa moça!

2) Há quantos anos treinas, e como é que o atletismo apareceu na tua vida?

O atletismo surgiu na minha vida há muito pouco tempo, há cerca um ano e uns meses. Comecei em agosto de 2023. Eu fiz natação durante muitos anos, em miúda, desde 6 até aos 18 anos, altura em que fui para a faculdade e parei. Não fiz mais nenhum desporto certo a partir daí. Fui tentando sempre fazer alguma coisa, mas nada me metia assim muito entusiasmo. Então, acabei por me tornar muito sedentária. Até que encontrei o clube. Eu notava que precisava de fazer alguma coisa de desporto, porque notava que ficava cansada nas minhas atividades de vida diárias. Custava-me subir escadas, eu ia passear e sentia-me de caminhar. Dizia a mim mesma: “Eu tenho 30 anos, e não quero isto para mim”. Na altura o Clube apareceu-me nas redes sociais e pensei que fosse uma boa opção para mim que nunca gostei de estar fechada em ginásios, apesar de nunca ter corrido absolutamente nada.

3) O que simboliza para ti pertencer à equipa Run Tejo-Prevent Sprain?

Foi uma boa surpresa, pertencer à equipa. Porque, eu nunca tinha pertencido a nenhuma outra equipa de atletismo, não tenho experiência nenhuma de como são as outras. Mas é um sítio onde, desde sempre, me senti bem acolhida. Existe um grande espírito de ajuda e de camaradagem, com toda a gente: com quem corre muito e com quem corre pouco. E acho que, vive-se um espírito de muita entreajuda, que acaba por ser muito motivador. Acabamos por ver, qual é o colega que vai a frente para tentarmos atingir, mas também somos muito ajudados nesse percurso. Por isso, o que transmite a Run Tejo, é esse mesmo espírito de entreajuda, camaradagem e de pertença.

4) Qual foi o teu maior feito desde que estás no clube?

Na verdade, já foram muitos. No primeiro treino a que fui, corri 100 metros e parei, a arfar. Depois comecei a fazer um trabalho de a caminhada e tudo o que veio a partir daí foram conquistas. Lembro-me perfeitamente de um dia sair do Estádio toda contente, na altura não tinha relógio, mas via a distância pelas marcas na pista e de dizer ao Pedro: “olha eu hoje consegui correr 300 metros a correr!”. Eu sei que isto parece super estúpido, mas na altura, parecia imenso. E tinha uma colega de equipa que ouviu e disse: “vais ver que, mais uns dias e vais fazer 500.”, e para mim parecia tudo imenso. Foram pequenas conquistas.

Depois as conquistas maiores: a primeira, foi ter feito 5 quilómetros seguidos, que foi uma evolução bastante rápida, comecei a correr em agosto e em dezembro diz uma corrida de 10km. Depois tive o foco dos 8 quilómetros, quando quis fazer a Marginal à Noite. E agora, o meu maior feito, foi ter feito já duas provas de 10 quilómetros, sem precisar de caminhar.

5) O que representa para ti esta distinção de personalidade do mês?

Eu não estava nada à espera. Mas acho que, ilustra muito bem o espírito que o clube tem. Não sei quantos atletas somos no clube, mas sei que somos alguns, e que a maioria são mais rápidos e melhores do que eu. E ao saber isso, e que fui eu a distinguida, isso ilustra que é um clube em que há espaço para toda a gente. E é no fundo aqui, o reforçar da evolução e não do resultado.

6) Quais são os teus atletas de referência?

Eu nunca segui atletismo. Aliás, o interesse pelo atletismo acabou por surgir mais quando eu entrei para o clube e comecei a acompanhar um pouco mais a modalidade. Portanto, os atletas de referência que tenho, acabam por ser os atletas do clube. Que eu acho que, também acabam por ter todo o mérito. Embora não sejam profissionais, saem das suas vidas profissionais e acabam por no seu dia-a-dia esforçarem-se para terem um tempo para o atletismo.

Uma das minhas grandes referências acaba por ser o Mister Carlos Freitas, que com todas as maleitas que já tem, adversidades, está sempre pronto para dar mais uma corridinha. Dá sempre espaço para mais qualquer coisa.

7) Qual o conselho que dás a todos os atletas que andam por aí a correr, sem qualquer orientação e grupo de treino?

O meu conselho é que, se juntem a um grupo de treino, pois é muito mais fácil e a motivação é muito maior. Que tenha um treinador, que saiba o que está a fazer. Para haver progressão, não haver lesões e que encontrem um clube onde se sintam bem.

Se quiserem experimentar um treino na Run Tejo, são muito bem-vindos!

8) Como concilias os treinos e corridas com a tua vida profissional e pessoal?

Com o profissional nos últimos tempos, não tem sido nada fácil. Mas é um período transitório que está quase a terminar. Com a pessoal, é mais fácil, pois o Pedro também corre. Nós organizamos a nossa semana e o nosso tempo, com os treinos, sendo estes uma atividade obrigatória. É uma atividade onde nós vamos treinar, mas também é algo que fazemos em conjunto.

9) Qual a tua distância preferida, e porquê?

Não fiz muitas distâncias, mas para já, são os 10 quilómetros. É onde eu quero investir e melhorar. Espero vir a fazer mais distâncias, que me façam perceber qual é a minha distância preferida. Mas de momento, ainda não fiz.

10) Qual a tua prova preferida, e porquê?

Eu ainda não fui a muito, muitas provas. Eu tenho mais na lista das que quero fazer, do que as que já fiz. Até agora, gostei muito da “Marginal À Noite”. Acho que tem um espírito muito engraçado, e é muito gira de se fazer. Empenhei-me muito, na altura parecia uma distância enorme. Trabalhei muito para essa e achei que tinha um espírito muito engraçado. Mas tenho muita curiosidade em fazer a São Silvestre da Amadora.

11) Tens alguns cuidados com a alimentação?

Já tive menos, mas gostava de ter muito mais. Tento ter uma alimentação variada, não bebo álcool, bebo muita água. Mas gostava de ter muito mais cuidados.

12) Qual a tua maior motivação para continuares a correr?

A minha motivação, desde que entrei para clube mudou um bocadinho.

No início, era manter-me ativa. Sair ali um pouco do sedentarismo. Agora é sempre fazer melhor que o treino anterior, assim como nas provas. No fundo, agora é ir olhando para os resultados anteriores e fazer sempre um bocadinho melhor.

13) Queres deixar algum agradecimento público?

Agradecer ao mister Carlos Freitas e à Cláudia, porque acreditaram sempre em mim, mesmo quando eu corri 100 metros e parei porque, queria cuspir um pulmão! Acho que acreditaram em mim um pouco mais do que eu.

Ao Pedro, porque, ao início eu achava que, aquilo não era para mim. Eu chegava a casa, e ele já estava preparadíssimo para ir e incentivava-me sempre a ir, a voltar. E mesmo cansada, ele incentiva-me imenso. A motivação dele acaba por ser contagiante também.

A todas as colegas, que quer seja nos treinos ou nas provas, puxam por mim e me ajudam. Sem dúvida, que merecem o meu agradecimento.