E no mês de Maio, destacamos um dos nossos Séniores Masculinos, como personalidade do mês. Parabéns Pedro Alves! Um atleta que nos tem vindo a mostrar a sua garra e que objetivos estipulados, aos poucos são alcançados!
Vem saber mais sobre ele:
Fotografia: Run Tejo
1) Quem é o Pedro Alves?
Sou uma pessoa calma que gosta de cumprir os objetivos que me são propostos.
Em relação ao atletismo, gosto de seguir o plano a que me proponho e detesto falhar. Como todos os anos, estabeleço objetivos, e enquanto não os cumprir, não fico descansado. Porém, sou paciente e gosto de ir com calma. Sei que este desporto exige muita persistência, consistência e leva tempo até se ver evolução, pois se quisermos apressar os resultados, podem começar a aparecer lesões.
Outro facto sobre mim, é que também gosto de ajudar os meus colegas, gosto de os ver evoluir e tal como eu, alcançar os seus objetivos.
2) Há quantos anos treinas, e como é que o atletismo apareceu na tua vida?
O desporto entrou na minha vida com 6 anos, quando comecei a jogar futebol. Contudo, como vi que não iria alcançar os patamares que tinha almejado para mim, decidi mudar de vida. Foi por volta dos 23/ 24 anos que comecei a dar umas corridinhas, só para manter a forma.
Convidaram-me para correr no Grande Prémio de Natal em Dezembro de 2017. Tinha apenas 2 ou 3 semanas de treino. Fiz essa prova com um saco de roupa às costas, parti nos "mais de 60 minutos" e a tentar passar a malta toda.
Para a minha primeira corrida até fiz uma marca interessante, 38 minutos. Lembro-me de que quando terminei, os meus amigos ficaram surpreendidos e sugeriram que eu poderia fazer umas marcas engraçadas se me dedicasse. Foi ai que surgiu aquele bichinho, em que queremos sempre melhorar os nossos tempos.
Passado 1 mês, foi a corrida dos campeões no Jamor e melhorei cerca de 1 minuto e pouco em relação aos 38 minutos da prova anterior. Desde então fui entrando em várias provas e foi assim que conheci o Freitas. O meu pai, que também faz atletismo, já o conhecia.
Em janeiro de 2018, entrei para o Belém Runners, através do Carlos. Ainda ali tivemos uns meses e depois formámos a Run Tejo.
Em relação à minha evolução, com 6 meses de treino, estava a fazer 34 min aos 10 km. Naquela altura, estava a treinar com demasiada intensidade e sem descanso, porque estava entusiasmado com a velocidade, com que estava a evoluir. Mas foi um erro, porque com 1 ano de treino lesionei-me de forma grave .
3) O que simboliza para ti pertencer à equipa Run Tejo – Prevent Sprain?
Tenho muito orgulho em pertencer à Run Tejo, porque a nossa equipa é como se fosse uma família. Ajudamo-nos e puxamos uns pelos outros. Se formos comparar com outras equipas, duvido que tenham este espírito de entreajuda que nós temos . É uma força mesmo incrível! E isso vê-se bem nas provas, em que todos puxam por todos e isso torna esta equipa uma verdadeira família.
4) Qual foi o teu maior feito desde que estás no clube?
Em relação a posição e estatuto, foi ser campeão de pista de 10 mil metros. Contudo, no campeonato regional de estrada fiz a minha melhor marca, cerca de 31 minutos, e nem tinha noção que me estava a correr tão bem. Acho que isso se deveu ao facto de terem estado presentes atletas e equipas muito boas.
5) O que representa para ti esta distinção de personalidade do mês?
É muito gratificante. Significa que estão a ver que estou a evoluir, e a ser consistente no meu percurso. Foi desde 2021, pós lesão, que comecei a ter tempos mais regulares. A partir dessa altura, comecei a dar prioridade ao volume e não à intensidade. Com isto, os treinos começaram a ser cada vez melhores e os resultados foram aparecendo. Acho importante destacar também a introdução do reforço muscular nos meus treinos. É super importante aliarmos o trabalho de força ao trabalho de corrida. Termino a resposta a esta questão a agradecer a distinção de personalidade do mês.
6) Quais são os teus atletas de referência?
Para mim, não há melhor referência que O Carlos Lopes. Ele representa o atletismo português. Era focado e atento. Tinha um método de treino em que já estudava o adversário e adaptava a sua tática ao mesmo. Era muito avançado para o tempo em que estava.
Tenho ainda, o António Pinto e o Domingos Castro, como referência dessa época.
Em relação aos mais recentes, tenho o Jakob Ingebrigtsen, que foi campeão olímpico nos 1500 metros e Eliud Kipchoge. São personalidades de que toda a gente gosta e são boas influências, pelo método de treinos que têm, por serem constantes e nunca desistirem ou baixarem os braços. É esse o foco.
7) Qual o conselho que dás a todos os atletas que andam por aí a correr, sem qualquer orientação e grupo de treino?
O primeiro conselho que eu dou, é arranjarem um grupo de treino e falarem com pessoas que percebam de atletismo e que sejam certificados. Que peçam um plano de treino, para seguir e que sejam acompanhadas. Que tenham cuidado com a alimentação, com o reforço muscular e o descanso. Tudo isto é importante.
8) Como concilias os treinos e corridas com a tua vida profissional e pessoal?
Hoje em dia tenho um trabalho das 9 às 17H, o que me permite mais facilmente conciliar com os treinos. Passo grande parte desse tempo sentado, o que ajuda bastante na recuperação. Mas nem sempre foi assim. Antigamente, costumava trabalhar no restaurante dos meus pais, o que implicava que passasse 8h em pé. Como podem imaginar, a recuperação não era fácil e os treinos tornavam-se mais difíceis.
A minha rotina, hoje em dia, consiste em acordar por volta das 7 da manhã e fazer o meu primeiro treino, cerca de 40 minutos. Depois do trabalho, de regresso a casa, faço o treino da tarde, este com mais intensidade que o da manhã.
Normalmente, descanso à sexta-feira. Mas, todos os outros dias, treino praticamente duas vezes por dia. Os meus dias de séries são à terça (normalmente, séries curtas), quinta (aqui vario entre 600 a 1000 metros) e sábado (entre mil a três mil metros).
9) Qual a tua distância preferida, e porquê?
São os 10 quilómetros, mas também gosto da meia maratona. Eu sinto que primeiro tenho de melhorar aos 10 quilómetros para poder evoluir noutras provas. Este ano o meu objetivo é fazer 31 minutos baixos e com regularidade.
Depois de atingir esta marca quero chegar aos 30 minutos e assim fazer as outras provas com mais qualidade. Sei que se não fizer um bom tempo aos 10 quilómetros, não consigo fazer uma meia maratona com uma boa marca.
10) Qual a tua prova preferida, e porquê?
É talvez a São Silvestre da Amadora. Em termos de ambiente é incrível. O público na rua a puxar por ti, é muito giro! E também gosto da São Silvestre de Lisboa, também é giro subir o Marquês.
11) Tens alguns cuidados com a alimentação?
Eu por hábito não como muitos doces. É muito raro comer. A minha alimentação baseia-se em hidratos de carbono e proteína. Uma banana e uma dose de Whey Protein são os elementos que como a seguir a um treino.
12) Qual a tua maior motivação para continuares a correr?
A minha maior motivação para continuar a corre é melhorar. É como se fosse um bola de neve. Atinjo um objetivo a que me propus e de seguida já estou a pensar como posso alcançar o próximo. Parece que nunca estamos contentes com o patamar em que estamos. Queremos sempre mais e melhor .
13) Queres deixar algum agradecimento público?
Quer agradecer à Cláudia e ao Carlos Freitas, e a vocês, equipa, que me nomearam para personalidade do mês, o que é muito gratificante. Quero também agradecer às pessoas que têm estado comigo e me têm dado suporte em tudo. Ao meu irmão que me tem ajudado nos treinos, ao meu pai que sempre me tentou puxar para o atletismo e à minha namorada, pelo apoio e pela paciência porque nem sempre é fácil conciliar as coisas.
Fotografia: Armindo Santos (Facebook)
AGRADECIMENTO AOS PATROCINADORES:
Prevent Sprain Socks
Prevent Sprain - CM Socks
Aronick Equipamentos Desportivos
GoldNutrition
Anadias.Run
OrangeTangent Cosmética Urbana Soc. Unipessoal, Lda
Iriax Construções, Lda
Comentários