ATLETA DO MÊS | Março de 2022: Pedro Burrica
- Telma Silva
- 4 de mai. de 2022
- 5 min de leitura
Desta vez, um dos nomeados é um dos nossos seccionistas da parte da Formação, o nosso grande Pedro Burrica! Muitos parabéns!
Vem conhecê-lo:

Fotografia: O Homem da Maratona (Página de Facebook)
1. Quem é o Pedro Burrica?
É Pai e marido, treinador, profissional na área da cartografia e topografia, cozinheiro e sempre amigo do seu amigo. Pois é na amizade que há entre a família e os meus atletas que se destaca esta faceta em mim. É como se tivesse mais de 40 filhos, principalmente miúdas, pois só tenho filhos-rapazes em casa. Caracterizo-me essencialmente pela amizade que tenho para com os outros.
2. Há quantos anos treinas, e como é que o atletismo apareceu na tua vida?
Sempre gostei de atletismo e principalmente de correr, na escola destacava-me pela resistência.
Quanto tinha entre os meus 15 anos de idade, eu fazia as competições na escola e de facto evidenciava-me. Em 30 atletas, 10 eram federados e eu ficava em 4º lugar, sem qualquer tipo de treino específico. E creio que a paixão pelo atletismo nasceu aí. Não houve oportunidade na altura de entrar para um clube ou haver alguém que me agarrasse e desse continuidade essa capacidade, penso que bem orientado teria vingado no atletismo. Só depois de concluir a faculdade e vir para Lisboa é que voltei a correr recomeçando com o meu sogro que na altura era seccionista do Clube Ferroviário e me despertou a paixão pelo atletismo. Depois de treinar com regularidade comecei a competir pelo Ferroviário, já com 26/27 anos, a partir daí nunca mais parei. Ele na altura já fazia provas com 37 minutos aos 10 quilómetros e eu na casa dos 50, depois fui descendo até aos 40 minutos. Entretanto, entrei para o Clube Recreativo Cultural e Desportivo de Leião, onde vi um seccionista muito desapoiado e com alguma idade e dificuldade em lidar com as novas tecnologias, rapidamente tomei a frente da equipa como seccionista do atletismo onde senti a necessidade de desenvolver a formação mais especificamente, á qual me dediquei arduamente. No fundo foi um projeto pessoal ao serviço daquela coletividade. Chego à Run Tejo em Setembro de 2020, a convite do Carlos Freitas com o intuito de desenvolver de uma maneira mais profissional um projeto de formação principalmente, tendo por base o apoio logístico e técnico que a Run Tejo me ofereceu e assim vim a parar à Run Tejo. Resumindo com 15 anos ganhei o bichinho, mas não tendo sequencia, mas aos 25/26 anos redescobri a paixão até aos dias de hoje.
3. O que simboliza para ti pertencer à equipa Run Tejo – Prevent Sprain?
Pertencer à Run Tejo é uma honra e um orgulho. A Run Tejo trouxe-me aquela parte que me faltava completar, que foi mesmo a parte mais competitiva. A corrida para mim tem um significado muito grande, corrida para mim é principalmente amizade. É um conjunto de valores em que a amizade está muito presente, assim com o convívio e o espírito de grupo, capacidade de resiliência, a Run Tejo complementou esses valores com a competição na sua verdadeira essência. Aliás, todos esses valores que o atletismo tem: a resiliência, o grande espírito de amizade, de solidariedade adicionando a competição, estabelecemos objetivos que nos motivam a fazer mais e melhor.
4. Qual foi o teu maior feito desde que estás no clube?
Foi ter sido Vice campeão de 400 metros.
5. O que representa para ti esta distinção de atleta do mês?
É algo importante, no entanto este tipo de distinção tem mais importância quando é atribuída por pessoas que consideramos importantes e que valorizamos muito como é o caso e com quem aprendemos todos os dias, mas considero mais importante pelas pessoas que me reconhecem, do que propriamente pela distinção em si. Para mim é mais importante as pessoas que estão por detrás do reconhecimento, do que o reconhecimento em si. Porque as pessoas para mim são importantes e não os emblemas. Por detrás do emblema, está sempre a equipa, as pessoas que o complementam, são as pessoas que me movem.
6. Quais são os teus atletas de referência?
São o Fernando Mamede e o Ezequiel Canário.

7. Qual o conselho que dás a todos os atletas que andam por aí a correr, sem qualquer orientação e grupo de treino?
O meu conselho é que venham para a Run Tejo treinar! Às vezes paro no meio da rua e pergunto a algumas pessoas que andam a correr, se têm clube e como treinam. E depois tento convencer a pessoa a vir para a nossa equipa, se mostrarem interesse.
8. Como concilias os treinos e corridas com a tua vida profissional e pessoal?
Treino à hora de almoço. À tarde tenho de dar treino aos meus atletas, e o resto é dedicado à família. Quando não tenho treino, aproveito o dia à tarde, para ter as refeições prontas e as coisas devidamente orientadas. A vida é gerida entre o trabalhar, tratar da família, almoço treinar, à tarde dar treino e à noite tratar de refeições e outro tipo de tarefas. E gosto de fazer grelhados quando tenho tempo.
9. Qual a tua distância preferida, e porquê?
Não sei bem qual a minha distância preferida, pois eu prefiro é correr! Eu sou rápido, mas tanto gosto de provas curtas como de 10 quilómetros. Poderemos dizer que depende dos objetivos que tu tens. Em pista prefiro os 400 metros, e na estrada os 10 quilómetros.
10. Qual a tua prova preferida, e porquê?
É uma pergunta difícil. Sou atleta muito do troféu. Mas eu gosto muito da Marginal à Noite, é uma prova espetacular! Pelo ambiente, pela envolvente! Temos a pré-prova a prova em si muito rápida e o pós-prova em que juntamos a equipa vamos para a praia de Santo Amaro tomar banho e de seguida jantar no bar da Praia ou na feira de Oeiras e Assistir ao maravilhoso fogo de artificio á meia-noite. Também gosto muito da Corrida das Fogueiras me Peniche e da Scalabis Night Race, em Santarém.
As provas noturnas dizem-me muito, e quando são provas fora e em equipa, em que as deslocações são feitas de autocarro, tem todo o convívio antes e depois da prova o que torna as provas emblemáticas.
Seixal Night Run também é outra prova que adoro.
11. Tens alguns cuidados com a alimentação?
Tento ter. Muitos grelhados, saladas, beterraba. Tentar colmatar as falhas com alguma suplementação.
12. Qual a tua maior motivação para continuares a correr?
É representar a minha equipa Run Tejo ao mais alto nível. Não tenho uma vida fácil, e nem sempre é possível treinar. Por vezes por falta de tempo, falho alguns treinos. Mas sempre que posso, sigo à risca o plano do mister. Honrar a camisola, sempre!
13. Queres deixar algum agradecimento público?
Um grande agradecimento ao Carlos Freitas, pelas portas que me abriu, pelo que me ensinou e continua a ensinar. À Cláudia, pelo papel importante que tem na equipa, pela pessoa apaziguadora que é. Foram 2 pessoas importantes neste último ano. O Tiago Ribeiro pelo apoio que me dá a orientar a formação também pela disponibilidade que tem para comigo, quero também a agradecer ao Luís Santos que permitiu o primeiro contacto com o Carlos, foi o Luís que fez com que tudo pudesse acontecer. Não posso deixar de agradecer a toda a equipa e muitos trabalham para que as coisas possam acontecer, Equipa Técnica, Departamento Financeiro, Redes Sociais, Logística, Inscrições, Atletas todos são muito importantes, na evolução da nossa enorme Associação Run Tejo. Obrigado por me permitirem pertencer a esta grandiosa equipa!

Fotografia: Armindo Santos (Runffwpu - Página de Facebook)
AGRADECIMENTO AOS PATROCINADORES:
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OrangeTangent Cosmética Urbana Soc. Unipessoal, Lda
Muitos parabéns
Uma grande família