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ATLETA DO MÊS | Junho de 2022: Maria Luís Santos

E para o mês de Junho, temos a nossa Sub23 Maria Santos com destaque nesta rubrica! Muitos parabéns!

Após um tempo lesionada, provou que tudo é possível e que se pode alcançar o que nunca pensamos, após uma lesão morosa: excelentes resultados desportivos e um potencial que desconhecemos e que aos poucos vai saindo!

Vem conhecer um pouco melhor a nossa atleta:


Fotografia: Maria Santos


1. Quem é a Maria Santos?

A principal característica da Maria é ser uma pessoa determinada e alegre

Desde nova que me entrego muito a tudo aquilo que faço, independentemente da atividade na qual esteja inserida dou sempre 200 % de mim. Este meu traço de personalidade demonstra-se não só nas atividades académicas, mas também nas relações interpessoais que estabeleço. A Maria não gosta de estar quieta, e está envolvida sempre em 5 projetos diferentes. Mesmo estando em momentos de repouso, está se sempre a mexer, ou a pensar naquilo que falta fazer.

A forma como tento ultrapassar os desafios diários, tanto a nível pessoal, como academicamente, demonstraram não só que tenho uma grande capacidade de sofrimento, mas também que sou uma pessoa alegre. Tenho sempre uma “Massada” ou uma outra palavra divertida a dizer, até nos momentos mais constrangedores.

Não há nada que substitua uma corrida, ou um dia bem passado rodeada daqueles que amo

O facto de ser escuteira desde os meus 8 anos, o que também me ajudou a moldar muito a pessoa que sou hoje. Estar num grupo onde se faz verdadeiramente escutismo, faz a diferença. Ao longo da minha vida e com todas as pessoas com quem eu me cruzo tento sempre seguir a divisa “Deixar o mundo um pouco melhor daquele que o encontrei”. Não há melhor sensação do que chegarmos ao final do dia e pensarmos que marcámos positivamente aqueles que nos rodeiam, nem que seja com um sorriso.


2. Há quantos anos treinas, e como é que o atletismo apareceu na tua vida?

Comecei a correr em 2017, com os meus pais. A corrida era um programa familiar, adorava ir com eles. Vê-los partir e sentir aquele friozinho na barriga, de quem está na linha da partida.

Na altura inscrevi-me na equipa “GRCD Leião “, onde comecei a participar no Troféu de Oeiras. Em simultâneo, a minha família começou a “ganhar o bichinho” pelas longas distâncias e pelos trails. Guardo memórias desta altura com muito carinho. Lembro-me que, com apenas 18 anos, me levantava às 06h30 da manhã e ia com a minha mãe fazer cerca de 19km aos domingos. Ou de fazer os 25km do Azores Trail Run com o meu pai, onde acabámos os dois abraçados a chorar (não só pelo cansaço inerente a uma prova daquela exigência, mas pelo feito que tínhamos conquistado). Aos 18 anos, em apenas num único ano, fiz 8 meias-maratonas, tanto em estrada como em trail. A evolução foi notória e fui convidada por um amigo a vir conhecer o Carlos Freitas e a equipa, para que me ajudassem a evoluir. Adorei o ambiente da equipa e o Mister apadrinhou-me. Decidi arriscar e aceitei o convite para pertencer a esta equipa.

No entanto, assim que comecei a treinar mais regularmente, apareceu-me uma lesão grave no joelho (derivada a todos os km que tinha colocado). Esta lesão obrigou-me a estar 8 meses sem fazer qualquer tipo de atividade física. Apesar do retorno que as distâncias maiores me davam, com a ajuda do mister entendi que fazer este tipo de provas, com a idade que tinha, não era de todo proveitoso, nem para o meu rendimento físico, nem para a minha saúde. Tive alturas em que duvidei se algum diria iria voltar a correr ou a competir. Mas sempre que me ia mais abaixo, o Carlos fazia questão de me relembrar do potencial que tinha e de tudo aquilo que, se confiasse na recuperação, me ainda falta fazer. E confiei, e hoje estou recuperada quase a 100% e alcançar objetivos que nunca sonhei serem possíveis.


3. O que simboliza para ti pertencer à equipa Run Tejo – Prevent Sprain?

Para mim, esta equipa é uma família. Para quem vai ler/ouvir isto, deve achar que é clichê, ahah, mas a realidade é que a Run Tejo esteve presente nas alturas mais felizes e mais difíceis na minha vida. Foi neste desporto e com esta pessoas, onde muitas vezes arranjei um ponto de fuga para as coisas que me corriam menos bem na vida. Foi também aqui, onde tive a oportunidade de conquistar coisas que se há 2 anos me dissessem que as iria fazer, não iria acreditar. É um orgulho imenso não só fazer parte de uma equipa tão prestigiada nacionalmente, mas também dar o melhor de mim, para ajudar a que consigamos chegar cada vez mais longe. Esta equipa terá sempre um lugar muito especial no meu coração e devo-lhe tudo o que hoje sou como atleta,


4. Qual foi o teu maior feito desde que estás no clube?

Individualmente, foi a vitória nos Azores Trail Run (onde fui a primeira mulher e terceira na geral absoluta) e o Corta Mato Nacional Curto (onde consegui ter a primeira oportunidade de pisar os “Grandes palcos”), para além dos feitos pessoais desde ter tirado 7 minutos ao Record Pessoal que tinha aos 10km, em menos de 6 meses. Aos bons resultados que vou alcançando em provas populares. Mas não há maior orgulho, do que poder ter contribuído para que a equipa feminina fosse Campeã Regional de Estrada, Campeão Regional de Corta-Mato Curto e Longo.

Para além das vitórias onde posso contribuir com o meu desempenho, também adoro ver quando um colega de treino atinge os seus objetivos.


5. O que representa para ti esta distinção de atleta do mês?

Não estava de todo à espera, é um voto de confiança e sobretudo uma grande motivação para continuar a evoluir e a progredir


6. Quais são os teus atletas de referência?

Para além de todos os grandes atletas que temos a nível nacional, as minhas grandes referências são sobretudo o mister (por todo o seu conhecimento). Mas também os meus colegas de treino, onde muitas vezes me inspiro e vou buscar a energia que me falta



7. Qual o conselho que dás a todos os atletas que andam por aí a correr, sem qualquer orientação e grupo de treino?

Revejo-me muito nesta pergunta, é como se falasse com a Maria de há 2 anos atrás. Procurem ajuda e integrem uma equipa. Não precisamos de ser atletas profissionais, ou de termos aspirações competitivas para estarmos integrados num grupo de treino. Termos companhia para treinar, faz efetivamente toda a diferença. Mesmo que o objetivo seja a manutenção, procurarmos quem saiba é meio caminho andado para que possamos correr sem lesões e termos uma corrida “mais saudável”


8. Como concilias os treinos e corridas com a tua vida profissional e pessoal?

Estar na reta final de uma Licenciatura, ser escuteira, embaixadora de uma marca, filha, irmã, neta e também atleta não é fácil. Requer que façamos uma gestão criteriosa do tempo livre. Eu sou feliz assim, tento sempre encarar com um sorriso a ausência de tempo livre. Sempre que posso vou andar sozinha, ou faço crepes.

Por vezes, o cansaço é mais forte e aí penso que se eu não fizer por mim, mais ninguém o vai fazer.


9. Qual a tua distância preferida, e porquê?

Competitivamente, neste momento, são os 10km. Em pista, talvez os 1500 metros . Falar em trails é proibido, mas... Um dos meus maiores sonhos, como atleta, é fazer sub-40 aos 10km, fazer o UTBM (170km, com 9000+ de desnível). Esta última prova será só quando tiver dado todas as minhas cartas em estrada e em pista


10. Qual a tua prova preferida, e porquê?

A minha prova favorita de estrada é a Corrida do Tejo. Por ter sido a primeira corrida que fiz quando comecei a correr e por ter ficado um carinho especial.


11. Tens alguns cuidados com a alimentação?

Em dias regulares tento ser equilibrada. Não exagerar em alimentos gordos e doces, e tomar a minha suplementação de forma regular. No dia prévio a uma competição, evito beber álcool e como bastantes hidratos.


12. Qual a tua maior motivação para continuares a correr?

A minha maior motivação para sair de casa, mesmo quando está a chover a potes, ou quando a cabeça pede descanso, é saber que tenho pessoas que acreditam em mim. Que ainda tenho toda uma evolução por fazer, e que sobretudo, ainda posso contribuir naquilo que consigo para o sucesso da equipa


13. Queres deixar algum agradecimento público?

Sem dúvida. Ao mister, que foi das únicas pessoas que viu o meu potencial. Que mesmo quando as coisas estavam feias, nunca deixou de me dar uma palavra de força. Mas que sobretudo, nunca desistiu de mim, mesmo quando eu já tinha desistido.

À Cláudia, por ter sido sempre um ombro amigo, e me ter apoiado e me acarinhado desde o início.

Aos meus pais e aos meus irmãos, porque sem eles nem estava aqui. Ser pai/mãe de uma atleta não é fácil. Há toda uma logística inerente e muitas das vezes, até em detrimento do treino deles. Fazem o possível e o impossível para que consiga chegar a horas aos treinos.

Aos meus colegas de treino, ao Jorge, à Sara, à Kcénia, à Telma, à Bárbara, à Ana, a toda a equipa feminina. Porque a minha evolução, dependeu em grande parte da ajuda que tive.

Às minhas colegas da área financeira, que sempre me deram força e me ajudaram nas atividades financeiras do Clube.

Sou uma pessoa muito agradecida, porque nunca fazemos nada sozinhos, e eu a esta equipa só tenho é de agradecer.


Fotografia: O Homem da Maratona (Página de Facebook)




AGRADECIMENTO AOS PATROCINADORES:

Prevent Sprain Socks

Prevent Sprain - CM Socks

Aronick Equipamentos Desportivos

GoldNutrition

Anadias.Run

TransAct LAT

OrangeTangent Cosmética Urbana Soc. Unipessoal, Lda


1 Comment


José Salazar
José Salazar
Sep 06, 2022

Muitos parabéns Maria Luís Santos.

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